quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Tudo que preciso saber, aprendi no Jardim da Infância

Este texto, li não faz muito tempo em uma reunião pedagógica da escola e não consegui tirá-lo da cabeça por um bom tempo. Para quem trabalha na área da educação tão desvalorizada, principalmente a educação infantil, foi como um bálsamo na minha alma.



TUDO QUE EU PRECISO SABER, APRENDI NO JARDIM DA INFÂNCIA.

De: Robert Fulghum


 
Tudo o que eu preciso saber sobre a vida, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim da infância. A sabedoria não estava no topo da montanha do conhecimento que é a faculdade, mas sim, no alto do monte de areia do Jardim da Infância.

Essas são algumas coisas que aprendi: Dividir tudo. Ser justo. Não machucar ninguém. Colocar as coisas de volta no lugar de onde foram tiradas. Arrumar a própria bagunça. Nunca pegar o que não é seu. Pedir desculpas sempre que magoar alguém. Lavar as mãos antes das refeições. Dar descarga. Leite com bolachas fazem bem a nossa saúde.

Viver uma vida balanceada: Aprender um pouco, desenhar um pouco, pintar um pouco, cantar um pouco, brincar um pouco e trabalhar um pouco todos os dias. Tirar uma soneca todas as tardes. Quando sair na rua olhar: os carros, dar as mãos e ficar junto.

Lembra daquela sementinha de feijão no potinho de Danone? As raízes crescem para cima e ninguém sabe com certeza como ou porque, mas todos são exatamente como ela.

Peixinhos, passarinhos, gatinhos e cachorrinhos e até a sementinha de feijão- todos morrem- assim como nós. E então se lembre dos livros de Chapeuzinho Vermelho e das primeiras palavras que você aprendeu. As maiores de todas: Mamãe e Papai.

Tudo o que você precisa está lá em algum lugar. Regras sobre a vida, o amor, saneamento básico, ecologia, política, igualdade e fraternidade.

Pegue qualquer um desses termos e extrapole para sofisticadas palavras da linguagem adulta e então aplique em sua vida familiar, trabalho, governo ou mundo, e tudo continua firme e verdadeiro.

Pense como o mundo seria melhor se todos nós – o mundo inteiro tomasse leite com bolachas às três da tarde, todas as tardes e depois deitássemos com nossos travesseirinhos no sofá da sala para uma soneca.

Ou então, se todos os governos tivessem como política básica sempre colocar as coisas de volta no lugar de onde foram tiradas e também sempre arrumar suas próprias bagunças.

E continua verdade, não importa a idade, quando sair para o mundo dê as mãos e fique junto.


Parece-me que não seria possível a nós, adultos responsáveis e tão cheios de atribuições e exigências do mundo moderno, tomar leite com bolachas as três e depois tirar uma soneca não é mesmo? Mas talvez possamos interpretar de outra maneira e pensarmos que o autor está nos dizendo para termos uma vida leve, suave, sem tanta agitação e corre-corre, aposto que o nosso coração agradeceria muitíssimo. Por que fazer tempestade em copo d’água? Pra quê ver sempre o lado ruim das coisas? Fale francamente se sentir-se magoado e siga em frente.

Nada melhor do que ser justo e não magoar ninguém. Como é difícil para nós mortais seguir uma regrinha tão básica como esta e depois, nem podemos reclamar, do ônus desses atos e o arrependimento que nos pesa os ombros.


Bom, fique a vontade para refletir sobre o assunto.

Um abraço, Celina Damasceno.



Um comentário:

MARIA SUELHY disse...

Olá Celina...Obrigada pelo comentário e gentileza em seguir-me no blog.. fiquei mto feliz. Seu blog está realmente completo.. lindo mesmo! Traduz pesquisa, conhecimento e informação bem atualizados. PARABÉNS!!!! bjs