terça-feira, 2 de novembro de 2010

TCC: Uso Pedagógico de Mídias nas Escolas: Prática Inovadoras.O uso pedagógico das mídias acontece de maneira satisfatória no âmbito das escolas públicas?

Parte I
I - Introdução



O produto final de um trabalho feito a partir de uma graduação, pós-graduação, ou simplesmente de um curso que nos interessa, seja ele de que natu-reza for só nos será realmente útil se este trouxer reflexões, mudar ou confirmar o que acreditamos acrescentar idéias e não somente ao seu término, mas também durante todo o processo. Para isso é necessário um constante refletir, questionar, discutir, pesquisar, ler, reler, descobrir, “assimilar”, “acomodar”. É característica importante para os professores, aqueles que iniciaram ou aqueles que a muito pen-sam como pesquisadores, estas premissas acima descritas; estas devem fazer parte do seu cotidiano, no seu ambiente de trabalho, é preciso estar sempre “antenado” às novidades, aos novos paradigmas, ter em volta de si e em sua mente, terreno fértil, um ambiente que promova essas reflexões. Na contemporaneidade não é mais cabível um professor alienado, fora do seu tempo e seu tempo é o agora. Em se tratando inclusive das novas tecnologias, mas não somente nesse caso. Entenda-se, no entanto, que não se trata de seguir modismos ou fazer por que “todo mundo faz” e sim de estar a par do que se discute sobre a área em que atua, seus interes-ses, porém, observe, de maneira crítica e reflexiva.

A partir disso, o que, na prática, acontece nas escolas? Qual realidade o professor tem no seu dia-a-dia? E mais importante que isso é: o que é possível ser feito, a partir do que esse professor tem? Qual a motivação dele (a) para transfor-mar essa realidade?

A entrevista de Pedro Demo, que também pode ser encontrada no portal do professor ou no link: http://www.nota10.com.br/, elucida de uma maneira simples e fácil o desafio que é o trabalho do professor hoje e a necessidade de uma mudança na sua postura, que já se vê fora do Brasil, mas que aqui ainda não alcançamos. Coloca ainda que a escola precisa de uma mudança, mas que essa mudança deve partir do professor começa a partir dele próprio, pois “Ele é a tecnologia das tec-nologias, e deve se portar como tal”.


É realmente um grande desafio em meio a tantas “novidades” o professor se achar deixar de lado uma postura na qual acredita e renascer, se reconstruir

Como diz Demo: “A pedagogia precisa inventar um professor que já venha com uma cara diferente, não só para dar aulas e que seja tecnologicamente correto. Que mexa com as novas linguagens, que tenha blog, que participe deste mundo – isso é fundamental”. (Demo apud Salgado, 2008, p. 135)

A presença das tecnologias nas escolas, não é de hoje. Desde a década de 80 se revelava a inevitável entrada das mídias no âmbito educacional. A escola, como de costume, tem “pegado carona” no contexto social, quer dizer, tem que lutar contra os atrativos que existem fora das salas de aula e fazer uma ponte, diga-se de passagem, bem precária, para atrair os alunos e mantê-los entre suas paredes. Antigamente, apregoando os benefícios de se manter os estudantes dentro da escola, para o seu próprio bem, para não se acompanharem de más amizades, se livrarem das drogas e tantos outros argumentos, que acabavam fazendo da escola não um ambiente próprio para a construção do conhecimento, mas um ambiente de tutela e guarda dos alunos. E não é esse o objetivo de uma instituição educacional. Obviamente que fazendo isso a escola trazia para si mais responsabilidades que realmente suportava. Porém não se pode negar, na atualidade, as mudanças vistas em algumas instituições quando criam ambientes, estratégias, inovações dentro e fora das salas de aula para atrair os alunos. Vê-se em reportagens escolas que reativaram suas bandas de músicas, montaram oficinas de teatro, de capoeira, e como não poderia deixar de ser ativaram seus laboratórios de informática.

Nos últimos anos vimos esse avanço tecnológico invadir as escolas, porém eles continuam sendo utilizados por uma minoria, ainda não (em alguns casos) com objetivos concretos e educativos, na maioria das vezes, porém com o objetivo de tornar a escola atrativa ao aluno, diminuir a evasão, ocupar o “tempo livre”, cumprir exigências das secretarias, deste ou daquele projeto do qual a escola recebe recursos... Mas será essa a melhor maneira de tratar esses “instrumentos” dentro das escolas?


O uso das Tecnologias da informação e da comunicação nas escolas está, como há dez anos, “engatinhando” no que diz respeito à sua real utilização. O que se vê, como em entrevistas e questionários realizados numa amostragem mínima em escolas públicas de Natal, Grande Natal (Parnamirim) e Mossoró/RN, pela turma do curso de Especialização em Tecnologia em Educação, 2009/2010, e-proinfo/PUC/Rio em virtude de uma atividade proposta (ver anexo, p.50 a 54), é que esse uso, quando acontece, se dá de maneira aquém do desejado, alguns pro-fessores não estão preparados para acompanhar os alunos, as máquinas não têm uma manutenção satisfatória, os laboratórios, em alguns casos, nem estão monta-dos e os computadores ainda encaixotados. Mas não podemos como diz Demo:

Só criticar o professor, ele é uma grande vítima de todos esses anos de descaso, pedagogias e licenciaturas horríveis, encurtadas cada vez mais, ambientes de trabalho muito ruins, salários horrorosos... Também nós temos mais que criticar, cuidar do professor para que ele se coloque a altura da criança. E também, com isso, coloque à altura da criança a escola – sobretudo a escola pública, onde grande parte da população está. (Demo apud Salgado, 2008, p. 135)



Os profissionais da educação entrevistados, e inclusive eu, fazem uso do computador apenas de maneira “doméstica”; para troca de e-mail’s, escrita de relatórios, pesquisas na internet. Em algumas situações o aluno tem mais familia-ridade com o meio que o mediador. E o que se vê é cada vez mais exigências da sociedade para que adquiramos mais informação, conhecimento. Criou-se então uma nova cultura, como muito bem coloca Pozo na citação abaixo e a nós não é permitido declinar o convite.

“as tecnologias da informação estão criando novas formas de distribuir socialmente o conhecimento, que estamos apenas, começando a vislumbrar, mas que, seguramente, tornam necessárias novas formas de alfabetização (literária, gráfica, científica, etc.) (Pozo, 2001)”. “Elas estão criando uma nova cultura da aprendizagem, que a escola não pode- ou pelo menos não deve- ignorar”. ( Pozo apud Salgado, 2008 p.30)

Apesar disso a metodologia usada nos laboratórios não condiz com a ur-gência dessa nova geração e das exigências da sociedade. Ainda é preciso repensar o verdadeiro valor desse meio nas escolas, é preciso ter claro, que assim como o meio a metodologia também deve se transformar. É preciso novas formas de ensinar para uma nova forma de aprender. Para Kenski:
“Em um mundo em constante mudança, a educação escolar tem de ser mais do que uma mera assimilação certificada de saberes, muito mais do que preparar consumidores ou treinar pessoas para a utilização das tecnologias de informação e comunicação. A escola precisa assumir opapel de fomar cidadãos para a complexidade do mundo e dos desafios que ele propõe. Preparar cidadãos conscientes, para analisar criticamente o excesso de informações e a mudança, a fim de lidar com as inovações e as transformações sucessivas do conhecimento em todas as áreas.” (Kenski,2007, p.64)

No tocante a esta problemática existe muito mais por trás, não apenas a questão da formação dos educadores, mas diria inclusive desejo social e político. Partindo do micro espaço (escola) para o macro espaço (município, estado, região, país).

A complexidade da questão é tanta que não caberia num simples texto. En-tretanto este é um processo irreversível. Valente lista três posições possíveis de serem tomadas: a do ceticismo, da indiferença e do otimismo, com relação às no-vas tecnologias nas escolas. É necessário que se discuta não apenas, em cursos de formação, especialização essas posições, mas impreterivelmente e urgentemente nas escolas, aonde a coisa realmente acontece. Qual a visão que a escola dá a isso? Qual a posição dos gestores, professores? O que é feito no sentido de importância, significado para a instituição?

Na visão ceticista vários argumentos são postos como a pobreza das esco-las, a informação é transmitida de maneira obsoleta, o computador como desuma-nizador da educação, provocando uma formação desumana e de pessoas desuma-nas.

A visão otimista tem argumentos que segundo Valente são comuns e nem sempre convincentes sejam estes: o modismo, a escola devendo preparar para o futuro, o computador como meio meramente didático, a escola mais motivadora para competir com a realidade que o aluno vive, o poder de desenvolver o raciocí-nio.

O que temos que levar em consideração, acredito eu, em ambas as posi-

ções é o que podemos fazer para que esse uso seja realizado de maneira construti-va, produtiva, motivadora, se ceticamente é vista de maneira pessimista, o que se pode fazer para reverter tais pensamentos? Seria estudar mais o assunto? Motivar o professorado e equipe?

Se optarmos pelo positivismo, o que fazer para sair da mesmice no uso dos computadores e da ilusão que ele será o salvador, solução para tudo? Sair de a todo tempo e para tudo usar o computador? Sugiro estudar mais e colocar em prá-tica o que se aprende. A frase de Dewey serve então também para os professores: “Se não se compreende o que se aprende, não há ‘boa’ aprendizagem” (Dewey apud Hernández, 2008 p. 25)

Para isso é necessário também repensar o currículo e a maneira como vemos e pensamos e como desejamos que nossos alunos reajam.

Por outro lado, é possível considerar que a utilização das tecnologias, sejam elas, o lápis, caderno, giz ou som, vídeo, DVD, computadores, presentes nas esco-las precisariam ser vistos de maneira inovadora para que pudessem ser pensados, planejados e utilizados de forma inovadora. A disponibilidade dos educadores em tomar atitudes inventivas não depende do “material” usado e sim da sua postura frente ao que seja: aluno, conhecimento, aprendizagem e a profunda relação entre es-tes, não se esquecendo que ele, o educador, é maestro desse processo. Deve-se considerar então que as atitudes façam parte de uma, por assim dizer, filosofia de vida, ou seja, do que a pessoa enquanto profissional acredita e ao mesmo tempo no que acredita enquanto indivíduo.

É de suma importância que o papel da educação, como também das tecno-logias, neste contexto, seja analisado e que suas influencias e mudanças sejam observadas de maneira crítica. É, nesse caso, função da escola e da educação, cla-ro, proporcionar essa mediação entre aluno/máquina e o processo de aprendizagem. “Se realmente acreditamos que é possível um outro mundo- e temos de acreditar nisso para desejá-lo- é preciso investir no conhecimento e, segu-ramente, na aprendizagem”.(Pozo apud Salgado, 2008. P.30)

Concordo com Valente (1999) quando diz:

[...] O uso do computador na educação objetiva a integração do educador no processo de aprendizagem dos conceitos curriculares em todas as modalidades e níveis de ensino, podendo desempenhar papel de facilitador entre o aluno e a construção do seu conhecimento. (in: webarti-gos.com - Juliana Lennaco)

E acho oportuno acrescentar à essas diversas modalidades a Educação In-fantil, a qual traçarei algumas considerações mais a frente neste texto.

Obviamente a integração do educador em diferentes níveis de ensino, pode ser estendido tanto para as teorias/metodologias construcionistas quanto tradicionais. Se o educador acredita piamente nesse ou naquele método, este será positivamente utilizado e apresentará bons resultados, será eficaz e eficiente. O que temos que refletir é: cabe uma prática arcaica quando temos recursos, metodologias desafia-doras? Reportemos isso para a metodologia de projetos e a este atrele as novas tecnologias e veremos práticas inovadoras. Será mesmo? Segundo Hernández, falando sobre as inovações que vêm de tempos em tempos, ou de práticas inova-doras que acabam sendo transformadas em parâmetros a serem seguidos, inclusive adotados por regimes escolares, oficializadas é que:

“o dia em que os projetos de trabalhos acabarem por ser oficializados, convertendo-se numa prescrição administrativa, como parece que tentam algumas reformas educativas e perse-guem as editoras de livros-texto, começarei a questioná-los, talvez olhe para outro lado, para evitar com isso que “coisifiquem”, como aconteceu com outras inovações educativas. ”(Hernández, 1998, p.20)

Parece-me, que caímos naquela velha história de se querer receitas prontas para fazer isso ou aquilo na educação, os professores estão sempre em busca da formula perfeita para usar com seus alunos; pois bem, não estará essa receita na sua própria sala de aula? Tornando-se o professor um pesquisador da sua prática, avaliando e reavaliando os passos dados no seu cotidiano, buscando sempre o co-nhecimento e acima de tudo buscando conhecer o seu aluno, pensando suas neces-sidades, o que faria a diferença para este tipo de turma, é que poderia achar a suaprópria receita mágica. Isso quer dizer que as mudanças devem vir de dentro das escolas e não de fora para dentro e de cima para baixo. A quinta transgressão a que Hernández se refere, no seu livro: Transgressão e mudança na educação os projetos de trabalho, diz respeito exatamente a isso:

“a perda da autonomia no discurso docente, à desvalorização de seus conhecimentos e à sua substituição por discursos psicológicos, antropológicos ou sociológicos que pouco respondem ao que acontece no cotidiano na sala de aula. Nesse sentido, reinvidica vozes dos docentes frente às dos especialistas e experts, partindo da convicção, assinalada por Stenhouse, de que as inovações são realizadas pelos professores ou acabam não acontecendo”(Hernández, 1998, p13)

domingo, 19 de setembro de 2010

Ética e Cidadania

         Parei tudo para assistir ao Fantástico neste domingo 19/09/2010, um tema que me interessa e sempre me chamou a atenção estava lá (pena que tem estado frequentemente em vários outros canais e programas), a violência nas escolas públicas. Não é de hoje que esse cenário vem acontecendo e nos últimos anos se agravando. Lembrei-me então, de um projetinho que utilizei na escola em que trabalhava lá por 2007, 2008 e que andei atualizando para uma atividade da especialização e resolvi dividir com vocês.   Boa leitura.


Qual professor não sentiu um pouco de ansiedade no início do ano letivo ao receber uma nova turma? Será que a turma esse ano será tranqüila? Tomara que “Joãozinho” não esteja na minha sala! Espero conseguir desenvolver um bom trabalho!


Observando-se uma escola, qualquer uma, o que chama mais a atenção é, se nessa escola os alunos têm disciplina; não precisa de maneira alguma ser um quartel, mas dentro de suas paredes há harmonia?, Uma dinâmica?, Alegria?,”bagunça organizada”? Acredite: liberdade não é baderna e disciplina não é camisa de força. A questão, porém é quando isso foge ao controle e aí todos da escola começam a perceber que a indisciplina está imperando, prejudicando o andamento do trabalho e desenvolvimento dos próprios alunos. Quando isso acontece é necessário que se procure a motivação para o que ocorre e que se tente de alguma maneira minimizar o problema.

“Os distúrbios disciplinares, a violência e o autoritarismo nas relações interpessoais são alguns dos maiores problemas pedagógicos e sociais da atualidade e vêm comprometendo a busca por uma educação de qualidade. São fenômenos complexos, cujo enfrentamento requer disposição e preparo para buscar caminhos não autoritários.” (Ética e Cidadania: p.8)

Abaixo está descrito um projeto realizado há alguns anos em uma escola pública da periferia de Natal baseado no Programa Ética e Cidadania, construindo valores na escola e na sociedade. SEIF, SEMTEC, SEED, SEESP. Ministério da Educação e Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Várias alterações foram feitas no sentido de melhorar e ampliar o referido projeto e atingir as exigências da atividade proposta na disciplina TIS.



Objetivo principal:


Enfrentar os fenômenos disciplinares existente na escola, buscando uma postura democrática e dialógica para que nesse caminho os alunos e comunidade escolar sejam vistos e se considerem responsáveis pelo andamento do grupo em que está inserido, almejando uma convivência pacifica, solidária e feliz, levando a refletir na construção de uma sociedade mais justa.



Objetivos específicos:

Levar ao cotidiano da escola reflexões sobre ética.

Criar ações que gerem o desenvolvimento das relações interpessoais pacíficas na escola e no “seu mundo”.

Promover o protagonismo dos alunos na realização e fortalecimento das ações.

Estimular a abertura do diálogo permanentemente nas reuniões e Assembléias de classes.

“Abordar e desenvolver ações que enfrentem exclusões, preconceitos e as discriminações geradas pelas diversas formas de deficiência e diferenças sociais, econômicas, psíquicas, físicas, culturais, religiosas, raciais e ideológicas.”



Conteúdos Curriculares e Disciplinas envolvidas:



• Temas Transversais:

• Ética

• Convivência Democrática

• Cidadania

• Direitos Humanos

• Inclusão Social

• Linguagem Oral e Escrita

• Linguagem gráfica

• Linguagem cênica

• Linguagem Matemática

• Meio Ambiente.



Plano de Ação:

Tendo como meta minimizar a indisciplina nas salas de aula, o trabalho proposto deve ser realizado em conjunto com os professores de sala de aula, professores da Telessala, da sala de Leitura, coordenadores e demais funcionários da escola.



Ação 1:


Formar um grupo de estudos, onde os alunos se inscreverão e a adesão não será imposta, para trabalhar com os professores das atividades extraclasses. Esses mesmos alunos podem ser considerados multiplicadores dos nossos propósitos. O trabalho será conjunto, desse modo haverão atividades a serem realizadas, além das extraclasses, também pelos professores das salas de aula (nesse caso com toda a turma não apenas os inscritos). .

O grupo se encontrará em horários combinados em que poderão se ausentar da sala de aula, sendo estipulado um tempo máximo de 40 ou 50 minutos, para que não haja defasagem dos mesmos quanto ao conteúdo da grade curricular ministrado pelos professores de sala.

O grupo inscrito poderá trabalhar com os diferentes professores, ou grupo de professores (dependendo dos horários e realidade da escola). Vale salientar que esse projeto depende do envolvimento e disponibilidade de todos da escola.

Tempo previsto: 1 semana

Atores envolvidos: Grupo de Professores Multiplicadores.

Subproduto: Direção e Funcionários da escola, envolvidos no processo.



Ação 2:

Montar cronograma de atividades a serem realizadas com dias e horários fixos, o que não quer dizer que não possa ser alterado, modificado à medida que forem aparecendo imprevistos e/ou o grupo for necessitando de menos reuniões/encontros devido a sua evolução e melhoria do estado da escola.

Pesquisa e coleta de materiais para os estudos.

Tempo previsto: 1 semana.

Atores envolvidos: Grupo de Professores Multiplicadores.

Subproduto: Materiais selecionados de acordo com o tema, mas principalmente com as dificuldades prioritárias dos profissionais da escola.


Ação 3:

Programar estratégias de sensibilização, estimulação e adesão ao projeto e implementá-las. Sejam estas: cartazes, dinâmicas de grupo, discussões, mostra de filmes e palestras com convidados para toda a escola.

Tempo previsto: Durante toda a montagem das primeiras ações e formação do grupo e no decorrer da implementação do projeto.

Atores envolvidos: Grupo de Professores Multiplicadores.

Subproduto: Termômetro de envolvimento da comunidade escolar. Comunidade escolar e família ciente do programa e positivamente envolvida.


Ação 4:


Planejamento coletivo com os professores envolvidos (Grupo: Professores Multiplicadores = GPM) para estudos de materiais acerca do tema do projeto: Respeito é Fundamental, ou seja, indisciplina, valores éticos e morais. Os temas ações que forem sendo trabalhados com o Grupo de alunos deverá ser previamente estudado pelo Grupo de Professores.

Os encontros para estudos e planejamento envolvem toda a comunidade escolar, podendo ser realizados nos momentos de formação continuada, planejamentos, ou em reuniões ordinárias e extraordinárias previamente programadas pelo GPM.

Tempo previsto: Encontros periódicos quinzenais ou mensais previamente agendados.

Durante todo o ano letivo.

Atores envolvidos: Grupo de Professores Multiplicadores.

Subproduto: Atividades e ações planejadas em conjunto com toda a comunidade envolvida (planejamento coletivo).


 
Ação 5:

Passar nas salas explicando o projeto aos alunos, pedindo sugestões e fazendo as inscrições. Deixar claro que todos os alunos podem participar não apenas os melhores alunos ( muito pelo contrário e é essa a intenção que os alunos que apresentam mais dificuldade de disciplina se queiram se inscrever). No caso de muitas inscrições será necessário que se estipule um número para o grupo, que será composto por alunos de diferentes turmas, anos/séries.

O grupo poderá criar um nome para se próprio em eleição. Sugere-se GAM = Grupo Alunos Multiplicadores.

Esclarecer que o GAM também é responsável pela sua organização e deverão trabalhar em conjunto com o GPM, dando idéias,sugestões de trabalhos e ações (planejamento coletivo) no decorrer do desenvolvimento do projeto.

Tempo previsto: 2 dias de inscrições.

Atores envolvidos: GPM e Grupo de Alunos Multiplicadores.

Subproduto: Grupo de alunos multiplicadores inscritos e envolvidos.



Ação 6:

Iniciar os encontros.

Algumas atividades a serem desenvolvidas com os alunos:

Em um grande círculo realizar, ao início de cada encontro dinâmicas de grupo, quebra gelo, estimulação, intensificação e fortalecimento do grupo.

Realizar discussões a cerca dos diversos temas: através de músicas, vídeos, histórias infantis e infanto-juvenis, leituras de jornais, programas de TV, telejornalismos entre outros.

Explorar estratégias de resolução e mediação de conflitos através das Assembléias Escolares (também chamadas de Conselho de Classe, ou de escola). Essas Assembléias podem ser de classe, de grupo, de docentes, da comunidade, devendo se iniciar pelo grupo trabalhado, passando para as classes com a direção dos professores de sala e por fim da escola se/ou quando necessário.

O que são as Assembléias? São reuniões onde os conflitos surgidos na dinâmica cotidiana da escola (em qualquer patamar) possam ser discutidos e resolvidos pelo grupo com participação, opinião, voz e voto de todos. Todos os assuntos podem ser pertinentes, não existindo menor ou maior problema, todos devem ser considerados importantes e terão soluções sugeridas e postas em prática para ver se serão sanadas ou não.



Tempo previsto: Durante todo o desenvolvimento do projeto.

Atores envolvidos: GPM e GAM.

Subproduto: Conflitos discutidos, sugestões e decisões tomadas, avaliação dos resultados.

Tempo de Realização do Projeto:

Um ano letivo para implementação, anos subseqüentes para consolidação, avaliação, reavaliação e acertos.



Material e Suporte Necessário:

Materiais bibliográficos, áudio visuais sobre o tema, livros, revistas, jornais, internet, som, DVD,TV, parcerias com a comunidade e instituições que possam colaborar de alguma forma com o projeto.


Fontes de Pesquisa:

Programa Ética e Cidadania, construindo valores na escola e na sociedade. SEIF, SEMTEC, SEED, SEESP. Ministério da Educação e Secretaria Especial de Direitos Humanos.



Forma de Avaliação:



“Avaliar é, sobretudo, pautar as mu-

danças que precisam ser feitas.”

(Aroeira,Soares,Mendes-

Vida Criança:154)

 
Partindo do pressuposto que avaliar é um dos pontos de partida para se alcançar os objetivos propostos numa instituição de ensino, já avaliávamos quando detectamos os problemas acima citados e assim como a aquisição da aprendizagem a avaliação também é um processo.

Como foi dito anteriormente, a metodologia de Projeto requer uma postura diferenciada do educador em sala de aula e vale salientar não somente do professor, mas de toda a comunidade escolar. Conseqüentemente na maneira de avaliar também. A avaliação neste contexto de maneira nenhuma é julgamento, ferramenta de punição, ou de classificação ela é, em primeira instancia um processo de acompanhamento do desenvolvimento do grupo como um todo, dos alunos individualmente, do trabalho dos professores e da instituição, nesse último de maneira mais global. No caso específico desse projeto a avaliação é dinâmica, diária, será vista nos corredores da escola, pois os resultados deveram ser palpáveis. Nesse processo avalia-se o projeto, mas também há a auto-avaliação por parte de todos os integrantes; professores alunos, direção e equipe.

Dessa maneira entendemos que a avaliação deve ser continua, “um instrumento de reconhecimento dos caminhos percorridos e da identificação dos caminhos a serem perseguidos” (Luckesi,1984:15). Ela, a avaliação, pautará o desenrolar do caminhar do projeto, nesse caso tanto a avaliação como o planejamento é pautado na ação, avaliação e no replanejamento.

A avaliação é uma bússola com a qual nos orientamos para saber que caminho seguir.


Bibliografia


Programa Ética e Cidadania, construindo valores na escola e na sociedade. SEIF, SEMTEC, SEED, SEESP. Ministério da Educação e Secretaria Especial de Direitos Humanos. (Módulos de Apresentação, Convivência Democrática, Inclusão Social e Direitos Humanos).



MORAN, Edgar. Os Sete Saberes Necessários para a Educação do Futuro. São Paulo:Unesco:Ed,2000.



PUIG,J. Democracia e participação escolar:propostas de atividades:São Paulo: Moderna,2000.



SASTRE, G; MORENO, Resolução de conflitos e aprendizagem emocional:gênero e transversalidade. São Paulo:MODERNA, 2002.











quarta-feira, 1 de setembro de 2010

"A 'intocável' figura da professora"

      Dia desses tive que colocar o carro na oficina e meu namorado me socorreu levando-me ao trabalho de moto. Pois bem, na frente da escola, já aguardavam algumas crianças para entrar e no meio delas, Fernanda (4 anos), uma das minhas alunas, bastante "desenvolvida", diga-se de passagem, para não dizer peralta. (rsrsrsrsrs). E já ouvi de longe aquele conhecido: "Tiiiiaaaaa!!!"
      Momentos depois, já na rodinha (atividade inicial da rotina, na maioria das salas de Educação Infantil), Fernanda não se continha, querendo falar, levantando a mão para pedir a vez... E eu já imaginando o que vinha pela frente!!
-  Tia, cadê seu carro?
- Quebrou! Tive que deixar na oficina (Todos na roda queriam saber qual o problema do carro).
- Como você veio?
- De moto.
-  Nammm, por que não veio de ônibus, tia???
- Não daria tempo de chegar aqui na hora.
- Quem veio lhe deixar?
- Meu namorado.
- Namorado? (Com uma cara de espanto, hilária!)
- E professora namora??
-  Por que não, Fernanda? (As outras crianças não deram opiniões nesse momento, apenas ouviam)
- Porque você usa óculos.
-  E o que tem isso?
- Minha mãe usa óculos e não namora.
- Mas não é por isso que ela não namora. Deve haver outro motivo.
- Tia, óculos atrapalha, bate na barba! (Meu namorado usa barba e ela prestou atenção em todos os detalhes, perceberam?)
- Não atrapalha, não.
- Namm, tia!! (Balançando a cabeça desconsolada)

     O restante da tarde e ainda por vários dias, esse assunto, vez ou outra, aparecia em suas brincadeiras e falas.  Na caixa de areia recebemos a visita da coordenadora e Fernanda logo veio comentar com ela e se certificar se professoras poderiam namorar e com a resposta positiva fez cara de decepção novamente.
     No faz-de-conta, queria saber se poderia chamar o coleguinha de marido. Mas depois, sem esperar uma resposta minha, foi logo dizendo: "Não pode, não, né tia? Por que todo mundo é irmão de Jesus e irmãos por parte de Jesus não pode". 

     Será que ela acha que sendo as professoras também irmãs de Jesus, não podem namorar? (Rsrsrsrsrsrs)
Vai entender essa idealização que se faz dos professores de maneira geral e principalmente no imaginário das crianças?!
      Algum(a) "Psicologo(a)" por aí pode fazer suas considerações?

Celina Damasceno

Desejo

Victor Hugo

Desejo, primeiro, que você ame,

e que, amando, também seja amado.

E que se não for, seja breve em esquecer

e esquecendo não guarde mágoa.

Desejo, pois, que não seja assim,

mas se for, saiba ser sem desesperar


Desejo também que você tenha amigos

que, mesmo maus e inconsequentes,

sejam corajosos e fiéis,

e que pelo menos em um deles

você possa confiar sem duvidar.


E porque a vida é assim,

desejo ainda que você tenha inimigos,

nem muitos, nem poucos,

mas na medida exata para que, algumas vezes,você se interpele a respeito

de suas próprias certezas.

E que, entre eles, haja pelo menos um que seja justo,

para que você não se sinta demasiado seguro.


Desejo, depois, que você seja útil,

mas não insubstituível.

E que nos maus momentos,

quando não restar mais nada,

essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.


Desejo ainda que você seja tolerante,

não com os que erram pouco, porque isso é fácil,

mas com os que erram muito e irremediavelmente,

e que fazendo bom uso dessa tolerância,

você sirva de exemplo aos outros.


Desejo que você, sendo jovem,

não amadureça depressa demais,

e que, sendo maduro, não insista em rejuvenescer,

e que, sendo velho, não se dedique ao desespero.

Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e

é preciso deixar que eles escorram por entre nós.


Desejo por sinal que você seja triste.

não o ano todo, mas apenas um dia.

Mas que nesse dia descubra

que o riso diário é bom,

o riso habitual é insosso

e o riso constante é insano.


Desejo que você descubra,

com a máxima urgëncia,

acima e a despeito de tudo, que existem oprimidos,

injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.


Desejo ainda que você afague um gato,

alimente um cuco e ouça o joão-de-barro

erguer triunfante o seu canto matinal,

porque, assim, você se sentirá bem por nada.


Desejo também que você plante uma semente,

por mais minúscula que seja,

e acompenhe o seu crescimento,

para que você saiba de quantas

muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,

porque é preciso ser prático.

E que pelo menos uma vez por ano

coloque um pouco dele

na sua frente e diga "isso é meu",

só para que fique bem claro quem é o dono de quem.



Desejo também que nenhum de seus afetos morra,

por ele e por você,

mas que se morrer, você possa chorar

sem se lamentar, sofrer e sem se culpar.



Desejo por fim que você, sendo um homem,

tenha uma boa mulher,

e que, sendo uma mulher,

tenha um bom homem

e que se amem hoje, amanhã e no dia seguinte,e quando estiverem exaustos e sorridentes,

ainda haja amor para recomeçar.

E se tudo isso acontecer,

não tenho mais a te desejar.



Gostei do texto. Espero que vocês também.
Me pareceu refletir o equilíbrio, não acham?
Celina Damasceno

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Tudo que preciso saber, aprendi no Jardim da Infância

Este texto, li não faz muito tempo em uma reunião pedagógica da escola e não consegui tirá-lo da cabeça por um bom tempo. Para quem trabalha na área da educação tão desvalorizada, principalmente a educação infantil, foi como um bálsamo na minha alma.



TUDO QUE EU PRECISO SABER, APRENDI NO JARDIM DA INFÂNCIA.

De: Robert Fulghum


 
Tudo o que eu preciso saber sobre a vida, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim da infância. A sabedoria não estava no topo da montanha do conhecimento que é a faculdade, mas sim, no alto do monte de areia do Jardim da Infância.

Essas são algumas coisas que aprendi: Dividir tudo. Ser justo. Não machucar ninguém. Colocar as coisas de volta no lugar de onde foram tiradas. Arrumar a própria bagunça. Nunca pegar o que não é seu. Pedir desculpas sempre que magoar alguém. Lavar as mãos antes das refeições. Dar descarga. Leite com bolachas fazem bem a nossa saúde.

Viver uma vida balanceada: Aprender um pouco, desenhar um pouco, pintar um pouco, cantar um pouco, brincar um pouco e trabalhar um pouco todos os dias. Tirar uma soneca todas as tardes. Quando sair na rua olhar: os carros, dar as mãos e ficar junto.

Lembra daquela sementinha de feijão no potinho de Danone? As raízes crescem para cima e ninguém sabe com certeza como ou porque, mas todos são exatamente como ela.

Peixinhos, passarinhos, gatinhos e cachorrinhos e até a sementinha de feijão- todos morrem- assim como nós. E então se lembre dos livros de Chapeuzinho Vermelho e das primeiras palavras que você aprendeu. As maiores de todas: Mamãe e Papai.

Tudo o que você precisa está lá em algum lugar. Regras sobre a vida, o amor, saneamento básico, ecologia, política, igualdade e fraternidade.

Pegue qualquer um desses termos e extrapole para sofisticadas palavras da linguagem adulta e então aplique em sua vida familiar, trabalho, governo ou mundo, e tudo continua firme e verdadeiro.

Pense como o mundo seria melhor se todos nós – o mundo inteiro tomasse leite com bolachas às três da tarde, todas as tardes e depois deitássemos com nossos travesseirinhos no sofá da sala para uma soneca.

Ou então, se todos os governos tivessem como política básica sempre colocar as coisas de volta no lugar de onde foram tiradas e também sempre arrumar suas próprias bagunças.

E continua verdade, não importa a idade, quando sair para o mundo dê as mãos e fique junto.


Parece-me que não seria possível a nós, adultos responsáveis e tão cheios de atribuições e exigências do mundo moderno, tomar leite com bolachas as três e depois tirar uma soneca não é mesmo? Mas talvez possamos interpretar de outra maneira e pensarmos que o autor está nos dizendo para termos uma vida leve, suave, sem tanta agitação e corre-corre, aposto que o nosso coração agradeceria muitíssimo. Por que fazer tempestade em copo d’água? Pra quê ver sempre o lado ruim das coisas? Fale francamente se sentir-se magoado e siga em frente.

Nada melhor do que ser justo e não magoar ninguém. Como é difícil para nós mortais seguir uma regrinha tão básica como esta e depois, nem podemos reclamar, do ônus desses atos e o arrependimento que nos pesa os ombros.


Bom, fique a vontade para refletir sobre o assunto.

Um abraço, Celina Damasceno.



SIM, ACEITO! JÁ ESTÁ FEITO!

SIM, ACEITO! JÁ ESTÁ FEITO!

PAPO VEM, PAPO VAI...
LOGO VIRAM NAMORADOS.
UMA MÃE E UM PAPAI
JÁ ESTÃO ENCOMENDADOS!

PRIMEIRO O CASAMENTO,
DEPOIS TEM LUA-DE-MEL.
ELA MUDA O DOCUMENTO,
E PUXA UM ANJO LÁ DO CÉU.

EVELYN HEINE
(COLEÇÃO POESIAS PARA CRIANÇAS)

Consciência Planetária - Água- Parte I

Projeto “Desenvolvendo a Consciência Planetária –


Que mundo deixaremos às futuras gerações?”

                                                            
O Projeto “Desenvolvendo a Consciência Planetária – Que mundo deixaremos às futuras gerações?" Compõe as atividades a serem desenvolvidas na Escola durante todo o ano letivo de 2010. Explicitarei algumas atividades realizadas ou a se realizar durante o projeto. Definimos como objetivo proporcionar o conhecimento e a conscientização dos alunos a cerca dos temas que envolvem meio ambiente e cidadania incluindo a sua importância e o cuidado para as futuras gerações.

Para contemplarmos a temática proposta, definimos alguns sub-temas na tentativa de uma melhor organização, estrutura de conteúdos para alcançarmos os objetivos com êxito. Os sub-temas são: a água, o lixo e a reciclagem, o aquecimento global, as mudanças climáticas, desmatamento, ética ambiental e cidadania.

No item água, objeto da explanação dessa atividade, foi possível fazer ligações importantes com o nosso corpo, a música e a arte, como também as tecnologias existentes na escola como TV, vídeo, DVD, som, computador, portadores de leituras: livros, jornais, revistas.

Público alvo: 1º ano do ensino fundamental menor. Faixa etária: 6 a 7 anos.

Objetivo Geral: Compreender a importância da água para a vida no planeta como também a necessidade de preservá-la.

Objetivos específicos: Reconhecer que a água está presente no nosso corpo, como também nas plantas e animais fazendo parte de nós e do planeta.

Perceber a importância da água para a existência da vida.

Compreender o sofrimento causado pelos acontecimentos metereológicos, geológicos, calamidades, como secas e enchentes.

Relacionar músicas, pinturas, poesias, notícias de jornais e revistas com o tema. Interpretando as informações que estas diversas linguagens oferecem.

Utilizar as diversas tecnologias existentes na escola como também construir materiais para seus usos.

Conteúdos: A água no nosso corpo.

A água no planeta

O tratamento da água

O ciclo da água

Preservação e utilidade da água

Estratégias pedagógicas: Metodologia da pesquisa sendo através dos livros, revistas, jornais escritos e telejornais, vídeos, músicas, poesias e internet. Aulas expositivas, experienciadas e dialogadas.

Avaliação: A avaliação se dará através da participação e envolvimento dos alunos nas atividades propostas sejam elas escritas, orais, corporais. Auto-avaliação, avaliação do desenvolvimento do trabalho e dos resultados na escola.

Desenvolvimento de uma aula: 1

Duração: 2 aulas

Estratégia:

# A partir da releitura (pintura da tela estudada sob o olhar dos alunos com guache em cartolina.) da obra de Portinari “Retirantes”, 1944. Painel a óleo sobre tela, 190x180cm. Museu da Arte de São Paulo. Os alunos puderam conhecer um pouco da história de vida desse artista, suas obras, dando enfoque as que retratavam ou lembravam o tema estudado como Retirantes, Menino Retirante Segurando Bauzinho entre outras.

# Fazer registro coletivo sobre as impressões dos alunos sobre a obra e sobre a realidade do povo com relação ao tema estudado.

# Visitar o site do Projeto Portinari, navegar em seus links e brincar com os jogos on line. http://www.%20portinari.org.br/

Desenvolvimento de aula: 2

Duração: 5 aulas

Estratégia:

# Após vários momentos de discussões a cerca dos acontecimentos sobre as enchentes que assolaram o Rio de Janeiro, mais atualmente Recife e Alagoas, os alunos registrariam isso através de desenhos, acrescentando legendas aos mesmos, indicando o que representaram.

# Num segundo momento, na roda, os alunos foliariam jornais onde houvesse notícias sobre esses e outros assuntos, primeiramente fazendo a pseudo-leitura das noticias pela imagem, dando suas opiniões sobre o que achavam que estava escrito nos textos e posteriormente seria feita a leitura com ajuda do professor. Nessa etapa do trabalho os jornais devem ser “analisados” pelos alunos para que verifiquem que tipos de notícias aparecem nesse meio de comunicação, quais as maneiras de chamar a atenção para uma notícia, como é dividido o jornal, que tipos de notícias existem em jornais? Nessa segunda etapa os alunos devem transformar seus primeiros desenhos e legendas em notícias de jornais individualmente, depois em grupo e por último montando um jornal com alguns cadernos que o compõe.

# Essas notícias podem ser dramatizadas como apresentação de um telejornal, para isso deveremos assistir algum telejornal (levar gravado), verificar comportamento, vestimenta, locução e fazer o nosso para a turma. Escrever as notícias. Os alunos ditam ao professor, que fará junto com a turma os devidos acertos com relação a ortografia,pontuação,concordância.

# Após, os alunos transformarão essas notícias em um programinha de rádio. Como a escola não tem sistema interno de som, grava-se o programa em fitas cassetes e na hora do intervalo convidaremos alguns colegas de outras turmas para ouvi-lo juntamente conosco. Anteriormente deverá se ouvir na sala programas de rádio para observarmos a dinâmica desse veículo.

Observação:

As atividades desenvolvidas podem ser fotografadas e/ou filmadas para que possa ser usado num blog, site da escola (se estes forem montados), como também como instrumento de avaliação para a turma. Essa avaliação pode considerar desde o desenvolvimento dos trabalhos, envolvimento da turma, auto-avaliação, como também dos objetivos e conteúdos atingidos pelo grupo, professor e escola.

Desenvolvimento de aula: 3

Duração: 3 aulas

Estratégia:

# Fazer registros coletivos e individuais das atividades desenvolvidas: desenhos com legendas, notícias de jornais escritos e televisivos, produções textuais, entre outros.

#Trabalhar no laboratório de informática, o uso “básico” de comandos do computador: liga e desliga e conhecer inicialmente (para esse trabalho, podendo ser ampliado para melhor utilização posteriormente) o editor de texto para digitação.

# Os alunos da turma podem contribuir na produção do site ou blog da escola levando seus trabalhos para scanear, digitar frases ou pequenos textos, previamente trabalhados em sala para compor o trabalho final, ou seja, registrar no blog suas descobertas, seus progressos, os passos dos trabalhos desenvolvidos como também fazendo pesquisas, sendo orientados pelo professor no acesso a internet. Para isso o professor deve ter em mãos sites interessantes sobre os temas trabalhados.

# Visitação ao blog/site após ser construído e uso do mesmo em diversos momentos na escola e em casa.

Observação: As crianças contribuirão com materiais para compor o blog inicialmente e não o “construirão”, podendo fazer isso com o desenrolar dos trabalhos posteriormente.
                 
                  Projeto anual da Escola Estadual Dr Maia Neto (Natal - RN). Elaborado pela equipe pedagógica e desenvolvido pela equipe docente. As atividades acima descritas foram elaboradas e desenvolvidas numa sala de primeiro ano pela professora regente Celina Damasceno.